quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Calamento

Quando a companha deita ao mar as novecentas braças de corda-deita todo o Calamento.
Calamento é,pois,limite de andanças e anseios,traçado pela rotina do pescador.
Mais afoitas e afadigadas na ganhunça,algumas mulheres vêem Calamento como preguiça ruím caída sobre pais e filhos-preguiça e calaceira que é forçoso afastar.E lutam por novos oficios,vociferam contra o mostrengo-como se fios de navalha rasgassem todo aquele horizonte milenário... (Romeu Correia,in Calamento).

1 comentário:

A OUTRA disse...

Por becos e travessas cheguei aqui!
O que vi agradou-me, já está nos meus favoritos e quero mais.
Boa sorte mas... trabalho.
Maria